17 de outubro de 2010, Euclides da Cunha, Bahia, Brasil
O Júri do VI Festival de Teatro de Euclides da Cunha sente-se muito honrado por ter sido convidado a apreciar sensivelmente espetáculos realizados com tanto trabalho, carinho e dedicação.
Uma iniciativa deste gabarito, desta natureza, nesta terra que nos acolheu com tanta delicadeza deve ser louvada num coro uníssono, nosso coro de boas incelenças, aedos e ditirambos entoados aos realizadores desta celebração dionisíaca, e brasileira, e nordestina, e baiana, e sertaneja.
Aos artistas, estes artesãos dos sonhos, que nos deram tantas horas de prazer, de gozo, e de catarse, desfilando imagens numa natureza outra de sonho e de pó, dedicamos nosso arrebatamento terno, doce e calmo, nosso agradecimento mais profundo.
Hoje é dia de mais festa.
Todos aqui foram vencedores de uma luta, uma guerra inteira tão devastadora quanto a Guerra de Canudos de tempos idos. Uma guerra em que o desejo de compor, de criar, de ser, suplanta todas as inúmeras e aparentemente intransponíveis adversidades e agruras de realizar teatro no Sertão, no interior da Bahia, no interior do Brasil.
A todos os artistas aqui presentes, em especial aos colegas/amigos/companheiros do FARINHA SECA, o nosso mais profundo, mais intenso, mais ruidoso e mais delicado aplauso originado dos pulsos feéricos do coração.
ROBERTO DE ABREU, RICARDO FAGUNDES, YURI TRIPODI, ÉRIKA SILVA, ALEX SILVA, JORGE DE BRITO
*Carta lida na noite de Premiação do VI Festival de Teatro de Euclides da Cunha, no dia 17 de outubro de 2010, no auditório do Educandário Oliveira Brito.
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