No sertão, tudo o que se realiza é motorizado a partir da chuva. Só dessa forma os comércios começam a brotar frutos de sensibilidade artística e estímulo para patrocinar os eventos relacionados, em especial, ao teatro. Mas parece que dessa vez São Pedro não quis nos apadrinhar ou está esperando seu tempo para lançar as suas bênçãos.
Então ficamos aqui, na espera. Além do mais, os trabalhos não estão nada adiantados; alguns atores estão em um barco-além, e outros estão quase se afogando (junto com as senhoras de Nelson Rodrigues). Mas os ventos ainda sopram a nosso favor, por isso é que a I MOSTRA DE THEATRO LIVRE foi transferida para abril – de 16 a 19. A tentativa é trabalhar o seu marketing durante a Semana Santa.
No planeta Euclides, o ano letivo ainda não começou e, como o teatro (do interior) tem uma forte ligação com a educação (só nós, profissionais cênicos, sabemos disso!) continuamos aqui, a ver navios...
Fortalecendo a nossa tripulação intelectual nesse porto de solidão... Sem a vigília dos fantasmas de Jessé, mas com os olhos observadores de Kátia, A Cega.
E salve os senhores do mar turbulento que é o teatro farinheiro. Oswald, Machado, Patativa e Nelson para toda a Mostra ser livre, pois não temos nada pra comemorar no mês do Teatro.
ALFREDO JR
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