Hoje, dia Internacional do Teatro, a Farinha Seca comemora noves anos de estrada. No dia 27 de março de 2000, a Cia subia ao palco do auditório do Educandário Oliveira Brito para encenar a peça O Auto da Compadecida, do paraibano Ariano Suassuna. Seu elenco, formado pelos próprios alunos daquele colégio, foi dirigido pelo locutor Alfredo Jr que, a convite da direção do E.O. B manteve uma semana de oficinas de dramaturgia em comemoração ao mês do Teatro e do Circo. Desde então, foram mais de 10 montagens com premiações em festivais baianos de teatro amador.
Vai um hino sobre nós todos feito pelo Caetas:
Merda
Nem a loucura do amor
Da maconha, do pó
Do tabaco e do álcool
Vale a loucura do ator
Quando abre-se em flor
Sobre as luzes no palco...
Bastidores, camarins
Coxias e cortinas
São outras tantas pupilas
Pálpebras e retinas...
Nem uma doce oração
Nem sermão, nem comício
A direita ou à esquerda
Fala mais ao coração
Do que a voz de um colega
Que sussurra "merda"...
Noite de estreia, tensão
Medo, deslumbramento
Feitiço e magia
Tudo é uma grande explosão
Mas parece que não
Quando é o segundo dia...
Já se disse não
Foi uma vez
Nem três, nem quatro
Não há gente, como a gente
Gente de teatro
Gente que sabe fazer
A beleza vencer
Prá além de toda perda...
Gente que pôde inverter
Para sempre o sentido
Da palavra "merda"
Merda! Merda pra você!
Desejo
Merda!
Merda prá você também
Diga merda e tudo bem
Merda toda noite
E sempre a merda....
Da maconha, do pó
Do tabaco e do álcool
Vale a loucura do ator
Quando abre-se em flor
Sobre as luzes no palco...
Bastidores, camarins
Coxias e cortinas
São outras tantas pupilas
Pálpebras e retinas...
Nem uma doce oração
Nem sermão, nem comício
A direita ou à esquerda
Fala mais ao coração
Do que a voz de um colega
Que sussurra "merda"...
Noite de estreia, tensão
Medo, deslumbramento
Feitiço e magia
Tudo é uma grande explosão
Mas parece que não
Quando é o segundo dia...
Já se disse não
Foi uma vez
Nem três, nem quatro
Não há gente, como a gente
Gente de teatro
Gente que sabe fazer
A beleza vencer
Prá além de toda perda...
Gente que pôde inverter
Para sempre o sentido
Da palavra "merda"
Merda! Merda pra você!
Desejo
Merda!
Merda prá você também
Diga merda e tudo bem
Merda toda noite
E sempre a merda....
Feliz dia e saravá pra mim, pros outros, praqueles e pro Alfredo Jr, saído dos terreiros de Serra Pequena direto pros rádios da minha casa. Aquele preto (que não era Gil) eu já gostava e era mítico ver o dono da voz, o homem que trabalhava no rádio. O rádio era uma coisa-sem-explicação. Desde quando ele já habitava a FM eu dançava de saias no alpendre de casa (com direito a vale-surra). Do teatro era só encanto e eu nem jeans tinha e nem os tropicalistas ouvia. Meus dedos eram tensos e minha voz alardeava em gritos o diabo já preso.
Depois foram escândalos e pontapés da mãe. O teatro me ensaiava pras clandestinidades de hoje. E o preto da Serra Pequena já come em casa e paga cervejas pra minha mãe.
O nome Farinha Seca representa toda a esquisitice dos anos 9. Entramos pro século XXI no dia 27 de março dos 2000. Muitos foram pra Sampa pra molhar a Farinha e nós por aqui e por lá, de sol a sóis.
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