6 de janeiro de 2009

QUANDO O ARTISTA E O PÚBLICO ENVELHECEM


Com o passar dos tempos as pessoas vêem-se cada vez mais velhas e cheias de rugas, com seus cabelos brancos, sem vida...

Aí vem as perguntas: se eu vivi durante a minha “vida”. O que eu fiz e se fiz de fato algo de bom pra mim mesma ou para aquele que me cerca. Mas como seria viver para certas pessoas de idades variadas? Ou no fim dela? Hoje, ao assistir ao primeiro capítulo da minissérie Maysa, notei o desespero e a agonia daquela cantora por viver para a sua arte, sem pedir dinheiro em troca. Ela só pede a atenção de seu público, dinheiro é conseqüência.

E é isso que se passa nas cabeças de certos alguéns, viver só de passagem ou marcar as vidas de outras pessoas com sua arte seja falada, desenhada, atuada ou escrita. Eu quero viver até onde der, mas enquanto esse dia não chegar eu quero viver de meu vicio, de meu destino, de minha desgraça tão constante e agoniada. Sem pedir absolutamente nada em troca, dinheiro é conseqüência, fama... Quero agradar meu público e ser reconhecida naquilo que de fato sei fazer. Esse é o grande prazer do artista: a valorização de seu trabalho, o reconhecimento, O APLAUSO. Essa paixão me parte ao meio, não passo um dia sequer sem ouvir falar sobre. Quero viver de minha arte atuada, meu TEATRO, minha vida. Quero sim poder chegar à idade mais avançada possível e poder dizer que de fato vivi, e marquei a vida de outros seres com a minha arte.

CARLA SOARES - Atriz

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